Poison Girl Por François Demachy

fevereiro 03, 2016


Com Poison Girl, ele assina uma fragrância contemporânea ao mesmo tempo floral e saborosa, doce e amarga. Encontro com François Demachy, perfumista-criador exclusivo da Dior. 

DiorMag: Você tinha alguma mulher em mente ao criar o Poison Girl?

François Demachy: Foi mais uma questão de personalidade. Tinha uma imagem de juventude. Uma mulher muito determinada, quase provocativa, talvez até mesmo escandalosa. Meu ponto de partida foi uma mistura entre essa imagem da mulher e o Poison que, ao ser lançado, provocou um verdadeiro choque no mundo da perfumaria.

DM: O que encontramos do DNA do Poison nesta nova criação?

F.D.: É um perfume descompromissado. Devemos reconhecê-lo de cara, sentir imediatamente a sua alma. Ele anuncia tudo, instantaneamente. Neste sentido, trabalhei muito as notas de cabeça, para que elas representassem o perfume em seu conjunto.

DM: Para compor o Poison Girl você misturou a rosa damascena a notas de laranja amarga, baunilha e fava tonka. Como você pensou na ideia deste conjunto ao mesmo tempo floral e saboroso?

F.D.: Hoje, tanto na perfumaria quanto em outros âmbitos, buscamos notas saborosas, açucaradas, que provoquem um prazer imediato. Isso gera aromas bem identificáveis e viciantes. Para o Poison Girl, eu queria um sabor um pouco diferente. No centro de todos os perfumes Dior há flores, e pensei em um doce da minha infância em Grasse, onde pétalas de rosa eram embebidas no açúcar. Tentei, assim, transcrever em perfume esta rosa açucarada, mas com a composição drástica, radical, do Poison.


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